A onda ocorre também na foz dos rios Sena, na França (onde é chamada de mascaret), e Ganges, na Índia (conhecida como bore). Em nenhum lugar do mundo, no entanto, o fenômeno é tão intenso como no litoral do Amapá e do Pará, uma área influenciada pelas águas do maior rio do mundo, o Amazonas. O litoral amazônico, por outro lado, registra as maiores marés do país (na Ilha de Maracá, Amapá, já ocorreu uma elevação de 7 metros do nível do mar) e é constantemente açoitado por fortes ventos alísios ( que sopram de leste, no sentido mar-terra). Na conjunção desses fatores, quando o mar sobe, suas águas acabam invadindo o estuário de outros rios que desembocam na zona de influência do Amazonas (caso do Araguari), provocando uma colisão espetacular com a massa de água doce vinda na direção contrária. Essa elevação é devida a força gravitacional entre o Sol, a Terra e a Lua em determinadas fases que convenha-se explicar:
• A força gravitacional que age sobre a Terra é a causa do efeito das marés altas e baixas, principalmente nas luas nova e cheia, pois é neste período que os astros Terra, Lua e Sol estão alinhados, ou seja, a força gravitacional devido à Lua e ao Sol somam-se, no entanto nas luas minguante e crescente a posição do Sol e Lua formam um ângulo de noventa graus, prevalecendo assim a força devido a Lua, embora a atração do Sol (maré solar) minimize a maré lunar com pouca intensidade. Tal fenômeno faz com que as águas dos oceanos de todo planeta “subam” devido à atração gravitacional da lua.
• A onda formada pelas marés é mais alta próxima a Lua, devido à atração, isso faz com que as águas nos pólos baixem para convergir no ponto próximo a Lua, porém ,no lado oposto da Terra, a inércia excede, em módulo, a força devido a Lua, conforme princípio da ação-reação proposto por Newton, causando assim a mesma elevação nas águas nesse lado oposto, o que isso quer dizer? Que, devido à lei de ação e reação da terceira lei de Newton (além da força centrifuga), a maré ira subir do outro lado da terra tanto quando sobe no lado que está próximo a da lua. A Terra não pode se mover em direção a esta força, mas fluidos como o ar atmosférico e águas o fazem, no entanto não percebemos, exceto por observadores que estão na costa.
Figura -1 Alinanhamento e Quadratura terra-Lua-Sol
Com isso podemos dizer que as maiores pororocas, assim, estão associadas ás maiores marés, que por sua vez dependem da posição da Lua. Quando o mar, a Terra e a Lua estão alinhados, nas luas cheia e nova, ocorrem as marés de siziga, ou marés lançantes, as grandes elevações do mar que provoca a onda. Em tese, porém, há pororoca todos os dias, a cada 12 horas (o período de uma maré), mesmo quando são baixas, caso das luas minguante e crescente. A onda ganha forma ao se afunilar no leito de alguns rios ou em "furos", nome dado ás passagens entre ilhas. Diferente do mar, a pororoca não é apenas a energia do vento transformada numa onda. Carregando a força de uma maré, ela é como um degrau de água - quando passa, o nível do rio sobe. Para os surfistas, a onda mais longa do mundo é um sonho. "Ela é a guerra das águas", definiu o Catarinense Guga Arruda, que desafiou o Araguaia em 1997.
PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS FEGUEREDO- Aluno de Física-UNIR
PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS FEGUEREDO- Aluno de Física-UNIR
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